segunda-feira, 25 de junho de 2007

Mais uma história de viagem

Leia agora o depoimento que a Leocey mandou pra gente, de uma viagem inusitada, em que ela foi parar em Zipaquirá e conheceu a linda Catedral de Sal da Colômbia:

“Trata-se de uma linda e interessante história, bastante ousada e arrojada, pois eu fiz essa viagem por minha conta, porque sempre gostei de viajar sozinha.

Com relação ao idioma Espanhol, devo dizer-lhes que só falo mesmo o nosso português. Mesmo assim, atirei-me nesta jornada e me dei muito bem. Há cerca de 20 anos, eu mantinha correspondência com uma pessoa havia um ano e meio e, segundo ele havia me informado, era um juiz aposentado, um homem fino e educado, que me tratava como realmente mereço ser tratada.

Como esta pessoa nunca se decidia a vir me conhecer no Brasil, resolvi fazer uma viagem a Colômbia. Ele foi me esperar no aeroporto e tive a primeira decepção com a temperatura: sendo lá um país bem frio, tive que suportar sete graus abaixo de zero.

Confesso que me surpreendi com relação ao costume daquele povo no inverno. Fiquei surpresa porque os colombianos levantam cedo, e logo que saem da cama, bebem cachaça para suportar o frio. Até mesmo as mulheres bebem cachaça o dia todo, socialmente, mas muitas pessoas andam na rua com a garrafa de cachaça na mão.

Fui apresentada a duas jovens parentes deste juiz, que trabalhavam na mesma empresa. Na primeira noite, o tal cidadão me levou à uma boate, juntamente com as duas jovens. Ele bebeu muita cachaça a noite inteirinha, e as moças também beberam bastante, mas somente ele ficou bêbado. Lá pelas 4 horas da madrugada, fomos embora e eu tive que sair carregando o tal juiz totalmente embriagado pela rua até chegar em casa.


Na manhã seguinte, arrumei minhas malas e fui procurar as duas jovens e contei o acontecido, decidida a retornar ao Brasil. Elas iriam viajar neste mesmo dia para outra cidadee me convidaram para ir com elas para o Natal, e eu aceitei o convite. Ficamos lá uns dez dias, e passei um Natal muito feliz e me diverti muito com esse pessoal.

Adorei conhecer a Colômbia, pois eu fazia uma imagem bem diferente com relação aos costumes daquela gente e me surpreendi, pois são pessoas muito finas e educadas e se vestem muito bem. Não vi nenhum mendigo na rua e não vi nenhum ato agressivo da polícia para com o povo, Não vi nenhuma balbúrdia das pessoas. A polícia de lá fica na rua tranqüila e quase não se vê guardas andando pelas ruas.

O pessoal me levou para conhecer muitos lugares turísticos, incluindo a rodoviária local, onde novamente fui surpreendida com o luxo e a decoração das lojas e o chão vitrificado, onde se vê o próprio reflexo. Levei um tombo, quebrando o salto do sapato, e fui a uma sapataria, na própria rodoviária, e mais uma vez fui surpreendida pelo encanto da loja. Parecia mais uma loja fina do que uma oficina.

Conheci um lugar pitoresco e muito lindo que me deixou mais uma vez embasbacada. Entramos num portão que dá passagem para um túnel. Fomos caminhando pelo túnel e, em cada lado das paredes, havia um enfeite de anjos voando. O mais interessante é que as paredes desse túnel e os anjinhos eram de sal, branco feito neve. Continuamos a caminhar, e fomos sair do outro lado do túnel, dentro de um enorme templo, também com muitos objetos feitos de sal. O teto deste templo parecia que um céu estrelado e todo colorido.


Foto catedral mina de sal - fonte zoomphoto

A gente entra no templo, iniciando a viagem seguindo uma linha espiral, de mármore branco e quando atingimos o centro deste templo ficamos bem defronte ao altar. Ali se para e reza fitando o céu. Quando terminamos de rezar, saímos por uma outra espiral de mármore preto brilhante e fazemos várias voltas da espiral até atingirmos novamente o túnel de saída. Fiquem embevecida com tamanha beleza e decoração do túnel e do templo.

Essa foi a linda viagem que fiz a Colômbia, e confesso que sinto saudade. Se deus me permitir irei novamente dar um novo passei naquele país. Fiquei vinte dias na casa das duas jovens e, no dia seguinte, elas me levaram para o aeroporto e eu retornei ao Brasil feliz da vida. Moral da história: nunca mais vi o tal juiz na minha frente.

Por: Leocey Veloso

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